Nunca antes na história da NBA foram vistas tantas vassouradas nas semifinais de conferências.
Los Angeles, Phoenix e Orlando não tiveram muito trabalho com seus adversários nesta fase dos playoffs.
No entanto, cada “vassourada” teve sua história.
Primeiro, o mais óbvio. Orlando Magic e Atlanta Hawks era um duelo bastante previsível, quase sem graça. Claramente o time de Dwight Howard era mais forte. Mas os Hawks vinham com a esperança de fazer uma série pelo menos equilibrada. O Magic destruiu essa esperança no primeiro jogo da série. Uma vitória esmagadora no primeiro jogo da série deixou claro o abismo técnico entre as duas equipes. E mais. O time de Orlando se mostrou equilibrado e experiente para simplesmente colocar em prática seu jogo e não dar chance ao adversário. É fato que o Magic pratica hoje o melhor basquete da liga. Alguns dirão: “mas bateu em bêbado, Atlanta é um time muito fraco!”. Não discordo. Acho Mike Bibby meia boca e não vejo grandes talentos no time, mas esse mesmo Atlanta venceu times como Boston, San Antonio, Portland, Denver e Utah pelo menos uma vez na temporada regular. Ah! E varreu os Celtics, que estão a ponto de eliminar o todo poderoso King “Marrento” James, por 4-0 no mesmo período. Enfim, Orlando hoje é o time a ser batido na NBA!
Indo para a costa oeste, vemos uma história absolutamente diferente. Os Lakers são um timaço, ótimos talentos individuais e um técnico fora do comum. Mas não vem mostrando isso nesses playoffs. Na 1ª fase dos playoffs contra Oklahoma, o time deu mostras de que Pau Gasol é o termômetro do time. Quando ele vai bem, o time vence fácil. Quando vai mal, as coisas ficam complicadas pro lado de LA. Mas os Lakers tem time pra conseguir mais um campeonato. Isso é claro! Apenas não os vejo jogando isso tudo nesse exato momento. Aliás, o mesmo aconteceu neste confronto recente contra Utah. Jogou pro gasto, contra um time desfalcado de seus principais jogadores. Sofreu fora de casa, mas venceu. O time é absolutamente maduro, sabe o que quer e o que precisa fazer para atingir seus objetivos. Qualquer um que tenha pretensões de bater os Lakers vai precisar ralar, e muito. Não se desafia Kobe Bryant e Pau Gasol impunemente.
Por fim, o confronto mais surpreendente. Phoenix e San Antonio fariam, pra mim, o duelo mais equilibrado destes playoffs. Uma rivalidade gigante alimentada por uma história recente de jogos alucinantes. Não foi bem isso que aconteceu. Os jogos foram muito bons. Recheados de jogadas e fatos que vamos lembrar por muitos anos, como Steve Nash jogando com o olho inchado no jogo quatro em San Antonio. Mas os Suns estão jogando o fino. Apesar de não terem um pivô bom (desculpem mas não considero Collins nem Frye dignos de serem chamados pivôs) o time vem compensando com atuações soberbas de Stoudemire, Nash e Richardson. O trio vem sendo responsável por pelo menos 50% dos pontos do time em quase todos os jogos desses playoffs e tem feito a diferença também na defesa. Quanto a San Antonio, não entendi o que aconteceu. O time vibrante e temido de outrora deu lugar a um quinteto sem coração e burocrático. Talentos como Tim Duncan e Manu Ginobili podem fazer a diferença mas não estão conseguindo inspirar o resto do time. Resultado: foram atropelados.
Suns e Lakers farão um duelo sensacional na final do Oeste, parafraseando Juca Kfouri “este blogueiro” acredita em vitória dos atuais campeões em 6 ou 7 jogos.
Quanto ao Leste, com uma possível eliminação de Cleveland e King James, Magic vai pra grande final em, no máximo, 5 jogos.